Mobilidade profissional: panorama sobre entrada e saída de estrangeiros no Brasil

Uma das características mais marcantes trazidas com o processo de globalização e com a chegada da era da informação é a mobilidade profissional entre países. Hoje em dia, passar algum tempo ou até mesmo construir uma carreira sólida e bem-sucedida em um país estrangeiro é bastante comum, especialmente quando se trata de empresas multinacionais.
E como não poderia deixar de ser, nosso país não foge a essa regra. Considerados uma mão de obra especialmente importante para o desenvolvimento do setor produtivo, os trabalhadores estrangeiros no Brasil já são uma parcela significativa da força de trabalho brasileira.
Entretanto, a situação atual de nossa economia vem freando a expatriação de profissionais de outros países e fazendo com que muitos estrangeiros sejam desligados de suas empresas, voltando ao país de origem.
Quer saber mais detalhes sobre a entrada e saída de estrangeiros no Brasil pós-Dilma? Então não deixe de acompanhar a leitura deste post.

Como a situação econômica afeta a entrada e saída de estrangeiros no Brasil?

Não é novidade para ninguém que o cenário econômico no Brasil tem apresentado grande instabilidade nos últimos anos. Recessão, retirada de investidores e diminuição de entrada de capital estrangeiro no país são apenas algumas das questões implicadas nesse processo.
O que pode parecer novidade para alguns é o fato de que as taxas de desemprego geradas com a crise econômica também vêm atingindo em cheio os estrangeiros que trabalham no país. Por mais bem qualificados tecnicamente que esses profissionais sejam, especialmente em determinadas áreas de atuação, a má situação financeira afeta a mobilidade profissional geral e fez com que muitos deles fossem desligados de seus cargos.
Afinal, um colaborador expatriado custa mais aos cofres da empresa do que um brasileiro. Além do salário, os estrangeiros costumam receber pacotes de benefícios, como carro, escola para os filhos e aluguel, bancados pela empresa contratante. Isso sem contar os valores de visto de trabalho e demais documentações necessárias à legalização desse trabalhador no país, que são de responsabilidade da empresa.
Assim, para uma empresa que se vê obrigada a cortar custos em razão da crise econômica, somente estrangeiros em cargos estratégicos e cruciais para a organização conseguem manter-se em seus postos. Se algum colaborador brasileiro é capaz de realizar o mesmo trabalho, a substituição é quase uma certeza.
Por outro lado, no começo da década, quando o cenário econômico se apresentava mais estável e promissor, o país tinha se tornado um campo bastante atraente para migrantes, especialmente nas áreas petrolíferas, da saúde e financeira.
Por terem, de maneira geral, conhecimentos técnicos raros de serem encontrados em profissionais brasileiros, os estrangeiros eram facilmente contratados para cargos estratégicos, especialmente em multinacionais.

Equilíbrio saudável: é possível?

Por mais que a ideia de que trabalhadores estrangeiros “roubam” vagas de trabalhadores brasileiros esteja bastante arraigada no imaginário coletivo, é superimportante esclarecer que isso não é absolutamente uma verdade.
Vistos de trabalho para estrangeiros somente são concedidos quando a empresa contratante prova que o profissional em questão possui formação e qualificação técnica escassa ou até mesmo inexistente no Brasil. Isso garante a proteção e manutenção da empregabilidade do trabalhador brasileiro.
Além disso, por custarem mais aos cofres da empresa, estrangeiros só são contratados quando realmente há uma grande dificuldade em encontrar um brasileiro para desempenhar a função. E mesmo assim, antes de conceder o visto de trabalho, o Ministério verifica cada caso individualmente, a fim de assegurar-se de que nenhum trabalhador nativo será prejudicado com a contratação.
Sendo assim, a verdade é que a contratação de mão de obra estrangeira acaba trazendo consigo muitos benefícios. Por terem conhecimentos teóricos e técnicos escassos por aqui, esses profissionais agregam grande valor às empresas, trazendo novas ideias e olhares, bem como diferentes soluções e aprimoramentos para processos e problemas comuns dentro do ambiente corporativo.
Tudo isso sem contar a transferência e incorporação de novas tecnologias, a geração de negócios e parcerias e a melhora da imagem e da visibilidade do Brasil no exterior.
Tendo isso em vista, a esperança dos especialistas no assunto é de que, com uma eventual recuperação e estabilização da economia, o número de trabalhadores estrangeiros no Brasil volte a crescer.
Se o país tonar-se novamente atrativo para profissionais de fora, eles poderão trazer consigo todo um know-how escasso por aqui, o que pode contribuir ainda mais para o crescimento econômico do país, em um legítimo jogo “ganha-ganha”.
Sendo assim, um equilíbrio saudável entre as questões econômicas e trabalhadores estrangeiros no Brasil não é somente possível, mas também altamente benéfico.
Com melhores condições de receber e custear a estada desses profissionais em terras brasileiras, mesmo que para períodos curtos de tempo, as empresas poderão aumentar significativamente seus níveis de produtividade e alcance de resultados, além de oferecer conhecimentos exclusivos a seus funcionários brasileiros. E não há dúvidas que, com um bom serviço de relocation, a adaptação do migrante ao país será em muito facilitada.
Se você gostou desse texto sobre estrangeiros no Brasil e acha que ele pode ser útil a outras pessoas, que tal compartilhá-lo em suas redes sociais? Dessa maneira, você contribuirá ativamente para que o conteúdo chegue a mais gente interessada nesse assunto tão importante!
E, se quiser ler mais matérias sobre migração, consulte nosso blog.

Share on linkedin
Share on twitter
Share on facebook
Share on whatsapp
Share on email
Share on telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

I accept the Terms and Conditions and the Privacy Policy

Fale com um
Especialista em Global Mobility